Florianópolis recebe o título de Capital Nacional das Startups

Cidade é referência em inovação e empreendedorismo no Brasil

Startups empregam na Grande Florianópolis quase 50 mil pessoas em cargos que pagam em média duas vezes mais do que setores tradicionais como o comércio e a construção

Florianópolis recebeu o título de Capital Nacional das Startups na segunda-feira (2) através de um decreto presidencial. O reconhecimento é fruto do Projeto de Lei (PL) 4.987/2019. Oriunda da Câmara dos Deputados, a proposta é de autoria do deputado Carlos Chiodini (MDB-SC). Segundo o autor, Santa Catarina lidera em número de empresas de inovação e de base tecnológica, instaladas principalmente na capital. O município também é referência nacional em inovação e empreendedorismo.

A cidade tem infraestrutura tecnológica de ponta, dotada de parques tecnológicos e centros de inovação, oferecendo suporte técnico e logístico às startups. A capital catarinense ainda oferece uma série de incentivos fiscais e programas de apoio ao empreendedorismo, que facilitam o acesso ao crédito e reduzem os custos operacionais, permitindo que essas empresas invistam mais em pesquisa e desenvolvimento e menos em burocracia e impostos. A cidade também realiza numerosos eventos de inovação e empreendimento, além de contar com empresas aceleradoras e incubadoras, um suporte essencial para o crescimento e a internacionalização das startups locais.

“Esse anúncio consolida a importância de Florianópolis, que em 2023 já foi premiada com o melhor ecossistema de inovação de grande porte do Brasil. A Acate tem como meta ajudar a transformar Santa Catarina em um uma referência internacional em inovação e sabemos que Florianópolis tem o potencial para puxar esse movimento juntamente das outras regiões do estado”, destaca o presidente da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate), Diego Ramos. “A nossa Ilha do Silício já tem um ecossistema de tecnologia consolidado, forte e que impulsiona a economia como o maior arrecadador de ISS do município, com um crescimento de 85% nos últimos quatro anos. Além disso, é um setor que transforma vidas ao empregar na Grande Florianópolis quase 50 mil pessoas em cargos que pagam em média duas vezes mais do que setores tradicionais como o comércio e a construção”, conclui Ramos.

“Desde 2021 Santa Catarina lidera o ranking nacional do número de startups. Em todas as regiões catarinenses existem parques tecnológicos ou centros de tecnologia e inovação que atuam em sinergia com as universidades e as empresas. Tudo isso compõe um vigoroso ecossistema de inovação, do qual Florianópolis é a referência. Desta forma, é coerente o título de Capital Nacional das Startups, que a cidade recebeu oficialmente esta semana”, contextualiza Mario Cezar de Aguiar, presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). Aguiar recorda que essa condição começou a ser construída há várias décadas, muito antes do termo “startup” ganhar a notoriedade que tem hoje. “Há quase meio século surgiam as primeiras iniciativas de apoio, juntamente com as primeiras empresas de tecnologia, em grande parte formadas por profissionais em final de cursos universitários. Nesse período, inúmeras empresas de tecnologia foram criadas na cidade – e que hoje estão em variados estágios de desenvolvimento. Neste contexto, é notável a maturidade alcançada pelo ecossistema de inovação da capital catarinense, que se se tornou referência”, ressalta Aguiar.

“Esse reconhecimento, por iniciativa do Congresso Nacional, em especial de parlamentares catarinenses, enaltece o trabalho de anos das lideranças, entidades e empreendedores de Florianópolis, que compõem o exemplar ecossistema da capital. O polo de tecnologia e inovação da Ilha é referência nacional e esse título coroa a cidade que tem o maior número de empresas de tecnologia por habitante. À frente da secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, criada pelo governador Jorginho Mello, no início de 2023, tenho atuado para que o modelo de Florianópolis sirva de exemplo e amadureça todo o ecossistema de Santa Catarina, respeitando as vocações regionais. O setor que atualmente representa 7,5% do PIB do Estado tem um potencial ainda maior à medida que conectado com os setores tradicionais da economia, em especial da indústria. Essa conexão é um dos nossos focos de atuação na secretaria”, pontua Marcelo Fett, secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação de Santa Catarina.

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