Ao todo, R$ 1,9 bilhão foi investido entre julho e setembro
A Engie divulgou que obteve lucro líquido ajustado de R$ 666 milhões no terceiro trimestre, valor 28,2% abaixo do alcançado no mesmo período de 2023. A receita operacional líquida praticamente se manteve estável entre julho e setembro, alcançando R$ 2,5 bilhões (veja os resultados principais na tabela ao final desta reportagem). Dentre os efeitos, a companhia catarinense destaca a venda parcial da participação na Tag e aumento em custos de material e serviços de terceiros, fatores atenuados pela redução dos custos com compra de energia elétrica para portfólio e resultado positivo nas operações no mercado de curto prazo.
A empresa sediada em Florianópolis aportou R$ 1,9 bilhão em novos projetos no terceiro trimestre, chegando a R$ 7,5 bilhões investidos no acumulado anual. Os valores se destinaram, majoritariamente, à conclusão de obras em complexos eólicos e fotovoltaicos, além do valor comprometido para a aquisição de ativos fotovoltaicos realizada pela Companhia em fevereiro deste ano. A companhia arrematou no terceiro trimestre o lote 1 no leilão de transmissão da Aneel, com cerca de 780 quilômetros de extensão, a ser implantado nos estados de Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. O Sistema de Transmissão Graúna, como foi nomeado, inclui ainda a continuidade na prestação de serviços de 162,6 quilômetros de linhas de transmissão e duas subestações já existentes.
O terceiro trimestre também foi marcado pelo início das obras do Sistema de Transmissão Asa Branca, que percorrerá os estados da Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo, com um total aproximado de 1 mil quilômetros de linhas de transmissão, e que conta com a ampliação de cinco subestações associadas. Neste primeiro trecho de obras, com 334 quilômetros de extensão entre a subestação Morro Chapéu II e a subestação Poções III, que passam 19 municípios da região Centro Sul da Bahia, devem ser gerados cerca de 2000 empregos diretos. Além de Asa Branca e Graúna, a empresa possui mais de 2.700 quilômetros de linhas de transmissão energizadas no Paraná, Pará e Tocantins.
“Estes projetos fortalecem o Sistema Interligado Nacional (SIN), evitando sobrecarga e subtensão nas linhas de transmissão existentes, e reforçando a interligação entre Nordeste e Sudeste para escoamento da energia das fontes renováveis”, explica Eduardo Sattamini, diretor-presidente da companhia. A Engie é a 15ª maior empresa da região e também a quinta maior de Santa Catarina, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC Brasil (veja o ranking completo aqui).
Ao todo, R$ 1,9 bilhão foi investido entre julho e setembro