Empresas são propulsoras da mudança

Essa foi uma das conclusões do painel de abertura que antecedeu a cerimônia de premiação das 100 maiores empresas do Rio Grande do Sul

Polydoro, Elis, Thomas e Daniel: as pessoas têm buscado propósito nas empresas

As empresas devem ser propulsoras da mudança. Essa foi uma das conclusões do painel de abertura que antecedeu a cerimônia de premiação das 100 maiores empresas do Rio Grande do Sul na quarta-feira (9). O debate reuniu lideranças das chamadas gerações X, Y e Z que compartilharam suas percepções, experiências e visões de como enfrentar os enormes desafios de empresas, países e planeta na construção de um futuro sustentável. Daniel Randon, presidente da RandonCorp; Thomas Oderich, head de marketing e relações institucionais da Oderich, e Elis Horn, gerente de produto da Lojas Renner, participaram do debate “Diálogos Geracionais: juntos construímos um futuro sustentável” promovido pelo Grupo AMANHÃ no Nau Live Spaces, em Porto Alegre. O evento segue disponível no canal AMANHATV no YouTube (clique aqui). A conversa foi mediada por Jorge Polydoro, publisher do Grupo AMANHÃ.

Representando a geração X, Daniel Randon contou sobre a experiência da companhia na interação com os mais jovens. Ele recordou que antes mesmo da pandemia, a RandonCorp já contava com um projeto-piloto de home office, fato que facilitou a remoção de 2 mil funcionários para essa modalidade de trabalho. “Ainda hoje algumas áreas dentro da empresa demandam trabalho remoto, algo que mantivemos, pois enquanto tiver a mesma produtividade, tem funcionado muito bem”, declarou. Ele também disse que a RandonCorp assumiu um compromisso público de duplicar o número de mulheres em cargos de liderança até 2025. Thomas Oderich, que representou a geração Y, relatou sua convivência atual na Associação Comercial, Industrial e de Serviços de São Sebastião do Caí (ACIS-Caí) e também na diretoria regional da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul). “Não me sentia parte do grupo até entender o espaço que tinha e, a partir daí, já consegui me comprometer vendo que podia fazer mais”, afirmou, declarando ainda que todos ganham com a diversidade. Ele também disse que boa parte da diretoria da ACIS-Caí é formada por mulheres.

Para Elis Horn, que falava pela geração Z, tudo passa por convergir e por ter propósito. “Como uma Z, acredito que estamos trilhando esse caminho, muito por mérito da nossa geração que tem um mindset desde o berço com essa noção de que tudo tem de convergir”, destacou. Quanto ao fato de o mundo corporativo passar a ter mais lideranças femininas, ela chamou a atenção que se deve “dar espaço para ter espaço”. “Ainda temos de evoluir muito nesta pauta”, cobrou. Ela também comparou sua geração com a de seus pais. “Meus pais trabalhavam para ter bens. Eu e meus colegas temos um foco que a vida vai além do trabalho. Sou maratonista, por exemplo, e quero ter esse tempo para me dedicar ao esporte. E isso não limita o crescimento da carreira”, defendeu.

Daniel declarou que nota que as pessoas têm buscado propósito nas empresas. “Elas querem saber onde estão colocando o pé. E essa característica é ainda mais presente nos mais novos”, destacou. Thomas relatou que vê muitos universitários frustrados quando terminam suas formações acadêmicas, ainda que tenham escolhido profissões que gostem. “O mundo adulto não é feito de algodão doce, pois também há desafios. A geração atual tem de entender que muitos desses desafios não são agradáveis. Concordo que a geração Z busque mais qualidade de vida, mas ela deve se dar conta que também existe a necessidade de dar continuidade aos negócios”, aconselhou.

A grande rotatividade dos jovens nas empresas também foi um dos temas da conversa que contou com perguntas da plateia. Elis concordou que a geração atual muda de emprego frequentemente quando encontra uma oportunidade melhor, mas que opções como home office e benefícios diferenciados podem reter talentos. “Sempre buscamos um local de trabalho que seja acolhedor”, resumiu. “Hoje existem outras formas de obter renda, como o empreendedorismo, por exemplo. Mas há consciência que nossa geração representa o futuro das empresas”, concluiu. Thomas se mostrou frustrado pelo fato que uma empresa investe bastante tempo em treinamento para jovens que ficam empregados na função por um período curto. “O ambiente de trabalho tem de ser atrativo, de modo a fazer com que as pessoas permaneçam”, disse. Ele também se mostrou preocupado com o avanço das plataformas de comércio eletrônico chinesas, pois não há transparência sobre as condições de trabalho. “Temos de pensar na massa. Empresas são propulsoras de mudança”, argumentou.

As cem companhias catarinenses serão reveladas no próximo dia 15, enquanto as cem maiores paranaenses serão agraciadas no dia 21. Nesta data, AMANHÃ e PwC Brasil também disponibilizarão o ranking completo, com a lista das 500 MAIORES DO SUL e as 500 emergentes. O ranking das cem maiores do Rio Grande do Sul pode ser conferido aqui e também neste link.

Essa foi uma das conclusões do painel de abertura que antecedeu a cerimônia de premiação das 100 maiores empresas do Rio Grande do Sul

Author:

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *