No entanto, carteira assinada bateu recorde
A taxa de desocupação para o trimestre móvel encerrado em fevereiro de 2025 subiu para 6,8%, com alta de 0,7 ponto percentual frente ao trimestre móvel anterior (encerrado em novembro de 2024), quando estava em 6,1%. Apesar da alta, o rendimento dos trabalhadores chegou ao recorde da série (R$ 3.378), assim como o número de trabalhadores com carteira assinada (39,6 milhões). A taxa repetiu seu valor mais baixo entre os trimestres encerrados em fevereiro (6,8%), que havia ocorrido em 2014. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo IBGE.
A taxa de desocupação ficou 1 ponto percentual abaixo da observada no mesmo trimestre móvel do ano passado. A população desocupada cresceu 10,4% frente ao trimestre anterior, chegando a 7,5 milhões de pessoas. Esse contingente, no entanto, está 12,5% menor que o registrado no mesmo trimestre do ano passado. Para Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, a alta segue o padrão sazonal da PNAD Contínua com a tendencia de expansão da busca por trabalho nos meses do primeiro trimestre de cada ano. A população ocupada do país recuou 1,2% frente ao trimestre anterior e chegou a 102,7 milhões de trabalhadores. Esse contingente ainda está 2,4% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.
Nenhum grupamento de atividade cresceu, frente ao trimestre anterior, e três deles tiveram reduções no seu número de ocupados: construção (-4%), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-2,5%) e serviços domésticos (-4,8%). O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado chegou a 39,6 milhões, novo recorde da série histórica iniciada em 2012. Houve alta nas duas comparações da pesquisa: 1,1% no trimestre e 4,1% no ano. “A expansão do emprego com carteira está relacionada com a manutenção das contratações no comércio”, avalia Adriana.
Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,5 milhões) caiu 6% no trimestre e manteve estabilidade no ano. O número de empregados no setor público recuou 3,9% no trimestre e subiu 2,8% no ano. Enquanto isso, o contingente de trabalhadores por conta própria ficou estável no trimestre e cresceu 1,7% no ano. Como resultado desses movimentos, a taxa de informalidade teve ligeira redução: 38,1% da população ocupada contra 38,7% no trimestre encerrado em novembro de 2024 e, igualmente, 38,7% no trimestre encerrado em fevereiro do ano passado.
No entanto, carteira assinada bateu recorde