Total contabilizado até novembro é maior que todos os anos completos anteriores
As empresas captaram o valor recorde de R$ 677,3 bilhões no mercado de capitais de janeiro a novembro, volume 44,8% acima de 2023 inteiro e que supera também todos os anos completos anteriores, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Considerando apenas novembro, as ofertas somaram R$ 43,6 bilhões. “Os resultados revelam a resiliência do mercado de capitais, que vem ampliando seu espaço como fonte de financiamento para empresas de todos os portes e gerando reflexos na economia real do país. Importante destacar ainda a evolução do ponto de vista regulatório, com instrumentos cada vez mais atraentes e acessíveis para companhias e investidores”, afirma Guilherme Maranhão, presidente do fórum de estruturação de mercado de capitais da Anbima.
Dois instrumentos também já consolidaram 2024 como o melhor ano da série histórica mesmo antes de acabar: debêntures e CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários). As emissões de debêntures atingiram R$ 405,5 bilhões no acumulado anual, com os recursos sendo destinados principalmente para investimentos em infraestrutura (26,1%), gestão ordinária (24,5%) e pagamento de dívidas (24,4%). Os fundos de investimento foram os principais subscritores, com uma fatia de 46,6%. O prazo médio chegou a 7,8 anos.
Já o volume de CRIs chegou ao montante de R$ 52,7 bilhões. Nesse mesmo período, os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) somaram R$ 36,6 bilhões. Ainda entre os instrumentos de securitização, as empresas captaram R$ 64,4 bilhões com os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) nos onze meses do ano, volume recorde para esse período. As notas comerciais também alcançaram seu maior patamar na série histórica, com R$ 39,0 bilhões em emissões. No intervalo entre janeiro e novembro, os FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) responderam por R$ 40,8 bilhões em ofertas. No mercado externo, as emissões de renda fixa totalizaram US$ 20,1 bilhões, superando em 30,1% o valor contabilizado em todo o ano anterior. A maior parcela desse montante (68,1%) se refere a emissões com prazos entre 6 e 10 anos. Na análise por tipo de emissor, as empresas se destacaram, respondendo por 59,9% do total, com a República (31,4%) e as instituições financeiras (8,7%) aparecendo em seguida.
Total contabilizado até novembro é maior que todos os anos completos anteriores