Quase metade dos entrevistados negaria um emprego que não apresentasse valores sociais e ambientais
Nova edição do estudo global da Randstad, Workmonitor, realizado com 35 mil profissionais em 34 países, mostra como os profissionais, em sua maioria, afirmam que os valores e propósitos de seus empregadores devem convergir com seus valores pessoais e que querem se sentir pertencentes aos seus trabalhos. Sem essa concordância, as empresas correm risco de perder seus talentos. Para 88% dos brasileiros entrevistados, valores e propósitos do empregador são importantes, sendo 77% a nível global.
De acordo com o levantamento, metade dos talentos do país afirmou que deixaria um emprego se não nutrisse um sentimento de pertencimento. O índice global é ainda maior, atingindo 54% dos entrevistados, e isso é especialmente verdadeiro para a geração Z (61%). O mesmo resultado aparece na valorização das questões sociais e ambientais, em que 48% dos profissionais nacionais não aceitariam um emprego em uma empresa que não estivesse alinhada aos seus valores sociais e ambientais, enquanto globalmente o resultado foi de 42%.
“Na prática, o ESG se tornou um pilar essencial para se tornar competitivo no mercado. As pessoas, sobretudo das gerações mais novas, estão cada vez mais conscientes das suas causas. O negócio olha para fora e o propósito olha para dentro, consolidando valores e a cultura organizacional. É uma pauta central para colaboradores, investidores e clientes”, afirma Fabio Battaglia, CEO da Randstad Brasil.
Os talentos do Brasil (77%) se destacam dos outros países (73%) quanto a concordarem que valores e propósitos das empresas em que trabalham estão alinhados com os seus, como sustentabilidade, diversidade e transparência. Quando questionados sobre senso de propósito, a diferença favorável ao cenário nacional é semelhante, tendo 66% versus 57% mundialmente. “Estamos passando por um momento em que os sistemas arcaicos estão sendo desafiados. São inúmeras mudanças culturais e de valores, o que vem exigindo das organizações adaptações. Diante da escassez de talentos, quando o propósito está alinhado e as pessoas se identificam com ele, também no âmbito pessoal, naturalmente as empresas retêm esses profissionais”, conclui Battaglia.
Quase metade dos entrevistados negaria um emprego que não apresentasse valores sociais e ambientais