Brasil é o maior fornecedor de oito dos principais produtos vendidos aos EUA

Análise da CNI revela como as tarifas vão deixar os produtos mais caros aos parceiros nos Estados Unidos

Os Estados Unidos são o principal destino das exportações brasileiras da indústria de transformação, especialmente de produtos de maior intensidade tecnológica

O governo dos Estados Unidos anunciou uma tarifa adicional de 10% sobre os produtos brasileiros que entram no país. Nos dois últimos meses, o governo americano anunciou tarifas específicas para a importação de aço, alumínio, veículos e autopeças. Nesses casos, a taxa de importação adicional permanecerá em 25%. Uma análise elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra os produtos em que o Brasil é o principal fornecedor do mercado norte-americano, na maioria, bens intermediários (insumos industriais) e bens de capital, e como as novas tarifas vão deixar os produtos mais caros aos parceiros nos Estados Unidos.

“As tarifas podem ter um impacto negativo principalmente para a consumidor nos Estados Unidos, porque vendemos bens intermediários e insumos. Esse aumento de custos pode levar a uma pressão inflacionária e ao aumento de preços, fazendo com que o produto americano perca competitividade”, afirma a gerente de comércio e integração internacional da CNI, Constanza Negri. Confira a lista dos oito produtos a seguir.

Outros produtos semimanufaturados, de ferro ou aços: entre os países que mais vendem para os EUA, o Brasil lidera como fornecedor com 59,9% das vendas; adicional de 25% de tarifa

Ferro fundido bruto não ligado: entre os países que mais vendem para os EUA, o Brasil lidera como fornecedor com 58,1% das vendas; adicional de 10% de tarifa

Café não torrado, não descafeinado: entre os países que mais vendem para os EUA, o Brasil lidera como fornecedor com 25,8% das vendas; adicional de 10% de tarifa

Pasta química de madeira de não conífera: entre os países que mais vendem para os EUA, o Brasil lidera como fornecedor com 79,6% das vendas; adicional de 10% de tarifa

Preparações alimentícias e conservas, de bovinos: entre os países que mais vendem para os EUA, o Brasil lidera como fornecedor com 66% das vendas; adicional de 10% de tarifa

Minérios de ferro aglomerados e seus concentrados: entre os países que mais vendem para os EUA, o Brasil lidera como fornecedor com 53,6% das vendas; adicional de 10% de tarifa

Sucos de laranja não congelados, não fermentados: entre os países que mais vendem para os EUA, o Brasil lidera como fornecedor com 75,8% das vendas; adicional de 10% de tarifa

Niveladores: entre os países que mais vendem para os EUA, o Brasil lidera como fornecedor com 83% das vendas; adicional de 10% de tarifa

Os Estados Unidos são o principal destino das exportações brasileiras da indústria de transformação, especialmente de produtos de maior intensidade tecnológica, além de liderarem o comércio de serviços e os investimentos bilaterais. Somente em 2024, a indústria de transformação brasileira exportou US$ 31,6 bilhões em produtos para os Estados Unidos. Nesse ano, a cada R$ 1 bilhão exportado para os Estados Unidos, foram criados 24,3 mil empregos, R$ 531,8 milhões em massa salarial e R$ 3,6 bilhões em produção.

Análise da CNI revela como as tarifas vão deixar os produtos mais caros aos parceiros nos Estados Unidos

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